segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ave, mãe pura


Ave, mãe pura de Cristo
E minha, ave puríssima
Mãe do verbo e da graça
Largo aqueduto, de Cristo
Primeiro berço, sacrário
E templo de Deus, mãe
Do verbo e minha, rainha
Senhora do céu e do meu
Coração proteção, guarda
Constante dos tantos amigos
De Cristo, teus filhos, de mim
Pequeno, teu filho tão fraco
Mãe a quem rezo em silêncio,
Que do silêncio é exemplo
Ave, mãe pura de meu coração
Que do meu coração quis fazer
Também berço do Cristo, silêncio
Teu em mim, segredo de luz
De fé, teu colo onde encontro
Descanso e meu Cristo Jesus

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Tanto tempo

Tanto tempo e nem parece tanto tempo,
tempo que para, saudade-rio que corre
e sempre nova se torna como se fora
hoje sua nascente, nascente crescente
corrente, passagem que espera também
a mim, destino comum de todo mortal
morte que mostra a minha me recorda
o tempo finito que tenho, tempo que
não tenho, que espero findar-se enfim
no fim de mim, saudade-rio que enfim
morrerá, desaguará em Deus, meu Céu

domingo, 4 de novembro de 2012

Quem poderia

Quem poderia jamais merecer
alcançar e tocar os teus pés?
Quem poderia jamais conceber
que sem merecer poderia
tocar o teu coração?
Quem poderia jamais desejar
e pedir este tão grande dom
de poder te tocar, comungar?
Impossível seria se tu
não o fizesses possível,
se não te abaixasses até
nossos pés e te fizesses visível.
Impossível seria se tu
não merecesses que mesmo
o mais miserável dependesse
de tua benevolência.
Impossível seria se tu
não o quisesses,
mas assim o quiseste,
assim o fizeste,
fizeste-nos poder merecer.
Merecemos quando em silêncio
nos aproximamos,
caladas as vozes
do mal e do erro,
do desejo soberbo
e do medo orgulhoso.