quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Recomeços

Recomeçar é sempre difícil, doloroso. É como uma criancinha que, brincando com seus amigos, cai e machuca o joelho. Como é doloroso para ela se levantar e andar de novo; como é grande o medo de causar maior dor ao mover a perna e dobrar o joelho. Aí está a beleza de recomeçar, de superar limites, limites que nós mesmos nos impomos, que não são da nossa natureza, que não fazem parte do que somos. A todo momento há uma voz que nos fala e que nos faz lembrar das vezes em que fracassamos em algum momento de nossa vida, nos fazendo pesar mais a fraqueza que um dia deixamos que nos derrubasse.
Sempre encontramos novas chances corrigir erros antigos, muitas vezes esquecidos, mas, lembrados pela força das conseqüências que nos trouxeram e que nos marcaram, que nos fazem ter medo de tentar de novo, desistimos de vencer nossas fragilidades e nossos medos, e aí erramos.
É preciso ter coragem de enfrentar nossas fragilidades, mesmo quando parecem grandes demais. Ninguém pode tornar-se melhor vivendo "como sempre viveu". Nossos limites são como degraus em uma escada, e se quisermos subir teremos que pisar sobre eles, superá-los, mesmo que nos façam cair algumas vezes e, como aquela criança, tenhamos medo de cair de novo ou de doer mais ao nos levantarmos.