quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Minha Oração

Meu corpo não deixa minha alma rezar, mas não sabe que nisto também rezo. De mil maneiras me fere saber que não posso ir além de meus limites e das fraquezas que me prendem não posso fugir, mas pacientemente espero que do Senhor alcance forças para vencê-las todas.

Fica-me a lembrança dos tempos de maior liberdade, delas se nutre minha esperança de ver dias melhores por aqui. Não me entristeço, porém, ao ver que hoje as coisas parecem que não vão tão bem quanto no passado, eu apenas creio que quando vejo pouco Jesus age em mim com maior liberdade do que em outros tempos.

Padece meu corpo, faltam-me forças para cumprir o que devo cumprir e o que deseja minha alma. Ela está pronta, mas o corpo foge do que faz a alma livre, ficando ela cativa do que não posso fazer. É graça, porém, o que encontro aqui; por serem frágeis, as algemas se quebram logo e minha alma fica logo livre. Quebram-se as correntes por si mesmas, não podem durar muito tempo se minha vontade por elas não se deixa prender. Minha inteligência pode ficar cativa de minha fraqueza e minha memória presa da saudade, mas a vontade não precisa fazer-lhes companhia, seja para render-se ou para tentar livrá-las, se ela segue livre atrás dela seguirão também.

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