quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Viver

Quero escrever hoje algo mais espontâneo que de costume. Corro sempre o risco de perder a espontaneidade na tentativa de evitar erros gramaticais. Mas, pensando bem, gosto de ser espontâneo no conteúdo do que digo, ainda que dê, às vezes, um pouco mais de atenção à roupagem.

Escrever sempre foi um mistério pra mim, especialmente antes de me intrometer no meio literário. Não gostava de ler, quanto mais de escrever. Hoje vejo, colho e vejo outros colherem frutos dessa descoberta tardia e inesperada, de todo repentina. Que fosse sempre de Deus, porém, sempre foi objetivo primeiro, ainda que às vezes se insinue, na minha palavra ou na elegância que tento costruir, um desejo de ser reconhecido por aquilo que faço. Mas, o que eu realmente faço? Sinceramente, não sei. Certa vez ouvi o cantor Rich Mullins, de venerável memória, dizer que, pra ele, escrever era como pescar, bastava jogar a isca e esperar. É o que faço e sempre fiz, mesmo antes de ouvi-lo dizer isso. Gosto que seja assim. Até mesmo este texto nasce desse jeito. Joguei a isca, a primeira frase deste texto, e o resto saiu de meus dedos. Simples assim.

Talvez você se pergunte: qual o objetivo de dizer essas coisas? É simples também. Quero chamar a atenção de meus caros leitores para a vida no Espírito. Renascer da água e do Espírito, exigência que o próprio Jesus faz para os que querem ver o Reino de Deus, é deixá-Lo livre, deixá-Lo ser Deus em nossa vida, no trabalho, no estudo, na vida social, no descanso e no lazer. Não é simples? Não precisamos ficar pensando: "o que Jesus faria agora?" O que Deus pretende em nós é mais simples. Digamos assim: "Espírito Santo, não sei fazer, por isso peço-Te que o faças Tu mesmo". Não é mais simples e fácil? Ser de Deus não é um mistério, é vida de todo dia, é espontaneidade, é jogar a isca de um desejo sincero e esperar que Deus a "morda" e faça o que não sabemos fazer. E porque não também o que sabemos?

É um convite que faço a todos. Renasçamos da água e do Espírito, para que possamos ver o Reino de Deus que com tanta insistência pedimos que venha a nós!

2 comentários:

  1. Se pra você ser espôntaneo é escrever um texto tão rico como esse, queria eu também ter tal espôntaneidade rsrsrsr.

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  2. Talvez essa espontaneidade que a escrita nos proporciona seja tão reveladora a repeito dos nossos sentimentos que quando damos conta do que foi escrito sempre vem aquela pergunta: Será que foi eu mesmo(a) que fiz isso?

    Quando ela vem como algo obrigatório, tendo como única intenção a de transparecer ao outro que você tem o domínio da escrita ela surti com tão pouca verdade. Vem para enganar os outros e a si mesmo.

    Vejo nessa espontaneidade a forma com que Cristo me ama. Tão livre, que pelo menos a minha sensação é de está sendo carregada e mesmo se estiver caminhando e houver quedas sei que Ele me segura e ampara.
    Pois Ele me ama e diz que está sempre ao meu lado.

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